segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não podemos entregar nossas riquezas de mão beijada!

O título deste post parece um tanto bombástico e seu motivo é a indignação que sinto ao pensar que estamos entregando um local que deveria ser considerado patrimônio natural da cidade, a uma empresa de eletricidade que irá simplesmente fazer uma fortuna, sem oferecer absolutamente nada em troca!
 

O local que estou me referindo é o Rio Verde, cujas águas cortam grande trecho do município de Varginha. Em suas margens, além de ranchos, fazendas, ilhas e outras propriedades rurais, também existe uma extensa fauna, composta principalmente por aves, mamíferos e répteis, que depende do local como seu habitat. É onde conseguem alimento, abrigo para a noite ou para construção de ninhos.



As aves são encontradas ao longo de todo o trajeto do rio, porém em maior abundância onde há rochas acima do nível da água, ou em corredeiras e nas ilhas fluviais. É nas ilhas, em que ocorre o maior espetáculo das aves, que chegam as centenas, por volta do pôr do sol, no local conhecido como "Caixão",  onde passam a noite, isoladas em meio às águas do rio e livres de predadores. O local, que deveria ser considerado um santuário ecológico, irá desaparecer, emerso sob as águas de um grande lago a ser formado para abastecer uma Pequena Central Hidrelétrica.





Pois o projeto da construção destas usinas, irá acabar com um lugar extremamente belo, que é habitat de centenas de animais, irá também desapropriar os imóveis mencionados, tudo isso para gerar lucro a uma empresa de fora. Por isso me pergunto, qual será o benefício de sua implantação? Não conheço ainda os detalhes do projeto mas imagino que irá gerar um imposto à Prefeitura e me pergunto se este valor será suficiente para ressarcir toda a riqueza que estamos abrindo mão?


Não amigos! O Rio Verde é nosso, portanto quem tem que usufruir somos nós, a população! Além disso temos o dever de proteger os animais que lá habitam, criaturas cuja responsabilidade de zelar pelo seu bem é do homem.



Diga não a quem quer tomar nossas riquezas naturais!

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